ELA...

Ela...
Por que ela?
Pois é mais sensível que ele
Ela anda...
Anda, pois quer chegar;
Ela anda sozinha...
Sozinha pra poder pensar;
Ela anda sozinha nas ruas turvas...
São turvas, pois ela não consegue focar;
Ela anda sozinha nas ruas turvas da cidade grande...
Não pode ser pequena, pois os sonhos dessa heroína são gigantescos;
Ela anda sozinha nas ruas turvas da cidade grande, toma um café...
Cafeína para dar adrenalina ao que está prestes a conseguir realizar
Ela anda sozinha nas ruas turvas da cidade grande, toma um café, acende um cigarro...
O pequeno vício serve para reflexão, acalma os nervos;
Ela anda sozinha nas ruas turvas da cidade grande, toma um café, acende um cigarro e grita!
Grita porque quer gritar
Começa a correr, corre porque quer correr
Heroína salta obstáculos do dia, da noite
Ninguém a vê
Ninguém quer ver
Mas ela existe
E por mais que se tente explicar cada palavra que entorna sua vida ninguém vai entender
Não é sua função
É só pra existir
Vai minha heroína que não é pura de sentimentos
Transforma esse olhar do ser!
Porem exausta...
Ela para...
Para, pois não agüenta mais;
Ela para, desmaia...
Seus sentidos não agüentam mais;
Ela para, desmaia, ninguém repara...
Ninguém quer ver;
Ela para, desmaia, ninguém repara, começa a chover...
A água vai limpar as impurezas;
Ela para, desmaia, ninguém repara, começa a chover, todos ao seu redor vão embora...
Cada um tem sua vida pra cuidar, para que ver o outro;
Ela para, desmaia, ninguém repara, começa a chover, todos ao seu redor vão embora, e ela fica mais uma vez só!
Só porque tinha que ser!
É destino da heroína!
Fique tranqüila minha heroína, descanse ai mesmo onde está, tenho certeza que seu heroísmo contagiou alguém, aparecerão outros heróis solitários como você.
Nunca se está sozinho!